terça-feira, 25 de setembro de 2012

Do país

Julguei que seria capaz de passar sem falar na crise. Não como quem a ignora, porque é impossível ignorá-la, mas por não querer arrastar-me nela mais do que o necessário.
Mas a verdade é que por cá já ela se anunciava bem antes de ser tão falada e mesmo antes da troika, ou não fosse a construção o sector que mais a sente...
Temos o país como nunca.
Foram demasiados anos de dinheiros mal aplicados, de gastos acima das possibilidades, de créditos para pagar dívidas e, entretanto, créditos para pagar juros de outros créditos!
Uma lástima, uma vergonha, é o que é. E fosse o estado uma empresa e já estava falido, de portas fechadas e tudo na rua!
Assim, vamos todos...

No dia 15 de Setembro de 2012, a I foi por primeira vez ao ballet!
Chegada a hora entrou, determinada, com as coleguinhas e a professora e nem olhou para trás!
A mesma determinação com que gostaria de a ter visto entrar na escolinha e não vi porque não teve vaga.
Porque as pessoas estão a perder os seus postos de trabalho, a fábrica que, em outros tempos, deveria ter dinamizado tanto esta zona, está à beira de fechar portas e tudo isso levou (dizem) a um aumento na ordem da 1000 inscrições para o agrupamento.

No dia 15 de Setembro de 2012 o país foi à rua!
E foi à rua como eu nunca tinha visto. Foi pela esperança de dias melhores, pela revolta de lhe quererem tirar os sonhos, foi por ele e pelos filhos, ou pela vontade de os poder ter...
Foi pacífico e em massa.
O mote era: "que se lixe a troika, queremos as nossas vidas de volta!" e por todo o lado foi assim (fotos retiradas da net)

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