quinta-feira, 13 de maio de 2010

Destes dias

Gosto de manhãs!
Se há uns anos me perguntassem se alguma vez gostaria de manhãs, seria peremptória num não assertivo.
Onde já se viu gostar e manhãs? Perder a oportunidade de ficar refastelada na cama a dormir ou mesmo a fazer nenhum?...
Mas agora gosto.
Mas gosto destas manhãs!
Da calma e da quietude e principalmente das manhãs assim, como a de hoje, em que esqueci a tábua e o ferro, a máquina já acabou, o céu está num azul límpido e lá ao fundo, por cima do telhado vermelho e enquadrado entre duas árvores, aquele azul carregado e escuro do mar a estas horas, naquela linha tão definida e que durante meses se confunde nos mais variados tons de cinzento que por vezes parecem ser as únicas cores existente e o silêncio...
Este silêncio que me deixa ouvir a ventoinha do computador, o plêck do cair de cada minuto do relógio, o correr da água do aquário, o galo que canta ao longe, um cão, pássaros e às vezes os vizinhos nas escadas e um ou outro carro na rua.
O monitor mostra-me que ela dorme (está de papo para o ar e pescoço esticado e neste preciso momento virou-se de barriga para baixo!)
Gosto!

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